10/01/2008 11h30 - Atualizado em 31/08/2018 09h22

Conceição da Barra em alerta sobre febre amarela

A Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal de Saúde de Conceição da Barra acendeu o sinal de alerta para prevenir contra a febre amarela. O fato do município estar incluido dentro da área de risco na região Sudeste, tem preocupado as autoridades do município.

Todas as unidades de saúde estão com estoque de vacina suficinte para imunização de pessoas que necessitam viajar nesta época do ano para outros centros do país, onde já ocorreram registro de mortes em conseqüência da febre amarela.
Apesar da precaução, de acordo com a secretária Maria Aparecida Biazutti, não há registro de casos da doença em Conceição da Barra embora nesta época do ano o município receba turistas de várias partes do país.

Saiba mais

A febre amarela urbana foi erradicada no Brasil em 1942. O vírus, no entanto, continua a cirurlar na natureza. O Ministério da Saúde, estados e municípios acompanham as mortes de macacos (epizootias), pois é um ação sentinela sobre a atuação do vírus da febre amarela nas matas.
• Nos meses de dezembro/07 e janeiro/08, houve um aumento significativo das notificações no estado de Goiás com a inclusão de 23 novos municípios em relação aos meses anteriores, alguns deles situados em municípios com grande fluxo de turismo nacional e internacional.
• No mesmo período foram registradas também epizootias em 13 localidades do Distrito Federal, bem como em quatro municípios de Minas Gerais.
• Adiciona-se ao fato, a proximidade das cidades em que ocorram essa mortes.
• De forma preventiva, o Ministério da Saúde de forma articulada e integrada com as Secretarias Estaduais da Saúde de Goiás, do Distrito Federal e de Minas Gerais desencadearam as ações necessárias para impedir uma possível ocorrência de casos humanos nos municípios de ocorrência de epizootias e alerta às equipes de assistência médica para a detecção de possíveis casos:
intensificação da vacinação contra a febre amarela para todas as pessoas, acima de seis meses de idade, não vacinadas e as que foram vacinadas há dez anos ou mais, que residam nas áreas de ocorrência de epizootias.

recomendação da vacinação para as pessoas que se desloquem para áreas de risco, pelo menos dez dias antes da viagem, assim como para os adeptos do ecoturismo e trabalhadores que adentram as matas;
orientação aos serviços de saúde para que notifiquem de imediato às autoridades sanitárias os casos atendidos e ou internados de pacientes com quadro clínico compatível com febre amarela
realização, de imediato, de borrifação com inseticida e outras medidas de redução de criadouros do Aedes aegypti, nas áreas urbanas limítrofes aos locais onde se registrou morte de macacos, para evitar a transmissão de febre amarela para a população humana e impedir a reurbanização da doença.
articulação com o Ministério do Turismo, Ministério das Relações Exteriores e ANVISA, com o objetivo de orientar os viajantes nacionais e internacionais que se deslocarem para áreas turísticas localizadas nos municípios onde ocorreram epizootias, sobre a necessidade da vacinação contra a febre amarela pelo menos dez dias antes da viagem.
• Desde o início das epizootias, foram vacinadas aproximadamente 520 mil pessoas no estado de Goiás e 320 mil pessoas no Distrito Federal. Para isso, o Programa Nacional de Imunizações já disponibilizou 2.267.500 doses da vacina para ambos os estados nos meses de dezembro passado e janeiro em curso.

Situação da febre amarela no país

Áreas de Risco (Mantém circulação do vírus na natureza)
Região Norte
Região Centro Oeste
Maranhão
Minas Gerais

Risco Potencial
Sul dos seguintes estados: Bahia e Espírito Santo

Áreas de Transição
Oeste dos seguintes estados: Piauí, São Paulo, Paraná e Santa Catarina

Contra-indicações
• A vacina contra febre amarela é contra-indicada em crianças com menos de 6 meses de idade;

• Portadores de Imunodepressão transitória ou permanente, induzida por doenças (neoplasias, aids e infecção pelo HIV com comprometimento da imunidade) ou pelo tratamento (drogas imunossupressoras acima de 2 mg/kg/dia por mais de duas semanas, radioterapia etc);

• Gestação em qualquer fase constitui contra-indicação relativa a ser analisada para cada caso na vigência de surtos;

• Reações anafiláticas relacionadas a ovo de galinha e seus derivados ou outras substâncias presentes na vacina (ver composição) constituem contra-indicação.