23/05/2014 18h41 - Atualizado em 31/08/2018 10h00

Eventos marcam a adesão do município ao Dia de Combate à Exploração Sexual


O Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes foi comemorado em todo o Brasil, no último domingo (18), mas em Conceição da Barra, a intolerância a qualquer tipo de violência sexual foi tema de atividades que se prolongaram até a tarde desta sexta-feira, dia 23 de maio. A semana de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes foi planejada pela Administração Municipal, através das Secretarias Municipais de Educação e Assistência Social, em parceria com os Conselhos Tutelares e o Centro de Referência Especializada da Ação Social.

Ao longo da semana, centenas de pessoas participaram da programação que incluiu uma palestra sobre os direitos da criança e do adolescente, atividades escolares voltadas para a discussão e orientação contra a exploração sexual, além de uma caminhada na sede e outra em Braço do Rio. Em todas as ações, o propósito norteador é a mobilização da comunidade contra o abuso sexual, um crime hediondo que faz dezenas de milhares de vítimas no Brasil, a cada ano.

A maioria das situações de violência sexual contra crianças e adolescentes acontecem dentro da própria casa, sendo os familiares, amigos e vizinhos os principais agressores. Por isso é importante observar o comportamento de meninas e meninos, lembrando sempre que qualquer mudança repentina e aparentemente injustificada deve ser investigada. Se o abuso sexual for confirmado pela criança, a primeira medida deve ser procurar o Conselho Tutelar da Sede ou de Braço do Rio.

ORIGEM DA MOBILIZAÇÃO
O Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual Infanto-Juvenil foi instituído em 1998, quando cerca de 80 entidades públicas e particulares se reuniram para por fim à exploração sexual e comercial de crianças, à pornografia e ao tráfico para fins sexuais. A data foi escolhida para marcar o sequestro da menina Araceli Cabrera Sanches, em 18 de maio de 1973. A menina de oito anos foi drogada, espancada, estuprada e morta por membros de uma tradicional família capixaba. Apesar de toda a mobilização da mídia, o crime ficou impune.