Uma visita técnica realizada na manhã desta quarta-feira (28 de janeiro) por engenheiros do Departamento de Estrada e Rodagem (DER) sinaliza com a possibilidade do Governo do Estado iniciar ainda neste primeiro semestre as obras de recuperação da orla e da Bugia, em Conceição da Barra, devastada ao longo dos últimos 20 anos pelo avanço do mar. A visita foi acompanhada por superintendentes e secretários municipais da Prefeitura de Conceição da Barra.
A visita foi coordenada pelo diretor do órgão, engenheiro Eduardo Antônio Mannato Gimenes que previu para o final de fevereiro a conclusão de todo o projeto. O próximo passo será entregar um documento ao governador Paulo Hartung abrindo, com isso, a oportunidade de elaboração do edital e a licitação para a contratação da empresa que ficará responsável pela execução do serviço.
Custos
Mannato evitou fixar o tempo de duração e o valor da obra, mas admitiu que não ficará por menos de R$ 45 milhões. Assegurou que o Governo do Estado tem em seus planos concluí-la até o final do ano de 2010. Segundo ele, é prematuro no momento determinar prazos, mas a intenção é de concluí-la o mais rápido possível.
O diretor do DER explicou ainda que caberá ao Ministério Público fiscalizar junto com o município para evitar que sejam construídos quiosques ao longo do trecho a ser recuperado. “Trata-se de medida para preservar a obra que pelo projeto terá durabilidade de 100 anos caso todas as condicionantes sejam cumpridas” o que ficou definido através de laudo do Instituto Estadual de Meio Ambiente (IEMA) e do Instituto Nacional de Pesquisa Hidroviária (INPH), que elaborou o projeto.
O projeto prevê a construção de quatro estruturas de enrocamento para impedir o avanço do mar, conhecidos como “promotórios” e um espigão na foz do rio Cricaré onde acontece o encontro com o mar. “Os estudos mostraram que essas medidas serão fundamentais para a recuperação de toda a Bugia”, explicou o engenheiro do DER lembrando que não há a menor chance de serem construídas novas casas no local a ser recuperado, bem como quiosques.
Outra informação passada por Mannato é que serão necessários 200 mil metros cúbicos de pedra para a realização total da obra, mas lembrou que os cerca de 35 a 40 mil metros cúbicos que já existem para a contenção do avanço do mar serão reaproveitados.
Hilmar de Jesus
Assessoria de Comunicação
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