Quem acompanha os eventos da Temporada de Verão 2016 em Conceição da Barra tem visto a valorização dos artistas locais nos shows da Rota da Folia, na programação da Tenda Cultural e nas ruas do Centro Histórico. Isso porque a Administração Municipal priorizou a contratação dos músicos e bandas barrenses na definição da grade de eventos do Réveillon, Verão e Carnaval. Pelo menos metade de todo o investimento destinado às atrações musicais destes eventos será repassado à prata da casa.
De 31 de dezembro de 2015, virada do ano, até o dia 09 de fevereiro de 2016, terça-feira de Carnaval, as bandas locais terão feito um total de 16 shows, enquanto as atrações regionais terão se apresentado em nove oportunidades. Em todo esse período, o público prestigiou apenas uma atração nacional: a Banda Trem Bala, que animou o Réveillon 2016.
A crise econômica que provocou o cancelamento de carnavais tradicionais por todo o Brasil mudou o cenário da folia em Conceição da Barra. “Tivemos que ser criativos e cuidadosos ao definir a programação do Verão 2016 e, desta forma, garantimos a realização dos eventos da temporada dando prioridade aos músicos barrenses”, explica o prefeito Jorge Donati. “Além de valorizar os talentos locais, oportunizamos o aquecimento da economia do município e a geração de emprego e renda neste período de festas”, completa.
DETALHAMENTO DOS INVESTIMENTOS
A Administração Municipal destinou um total de R$ 227 mil para a contratação das atrações musicais da Temporada de Verão 2016. Metade deste valor, ou seja, UM TOTAL DE R$ 112 MIL, FOI DESTINADO À CONTRATAÇÃO DE BANDAS E MÚSICOS LOCAIS, ALÉM DA BANDINHA DA BARRA. A outra parte será repassada às atrações regionais e nacional, conforme detalhamento abaixo:
* Banda Trem Bala (Atração Nacional): R$ 30 mil;
* Escola de Samba Boa Vista (Atração Regional): R$ 12 mil;
* Emerson Xumbrega (Atração Regional): R$ 10 mil
* Banda Chapahalls (Atração Regional): R$ 20 mil (R$ 10 mil por apresentação – uma no Réveillon e outra no Carnaval);
* Banda Chic Bahia (Atração Regional): R$ 7 mil;
* Banda Auê (Atração Regional): R$ 13 mil (R$ 6,5 mil por apresentação – uma no Réveillon e outra no Carnaval);
* Banda Pisada Louka (Atração Regional): R$ 13 mil
* Banda Ases Elétrico (Atração Regional): R$ 10 mil.
Quanto à estrutura, vale destacar a contratação do Trio Mega Star, pelo valor de R$ 144 mil, para o Réveillon e Carnaval. Totalizando um valor médio de R$ 9.600 para cada uma das 15 apresentações, neste período.
UM MÚSICO FORA DO COMPASSO
Nesse contexto de organização, planejamento, austeridade e impessoalidade, que bem retrata a conduta da Administração Municipal ao longo de sete anos de governo, uma situação abordada nas redes sociais, nessa última semana, destoou completamente. “Uma publicação no perfil de Claudinho Nascimento, músico e assessor de um vereador de oposição, que aparentemente o ajuda com diversas apresentações musicais e pouca presença na Câmara, resultou numa série de comentários desalinhados com a verdade e que retratam como as pessoas insistem em medir os outros com suas próprias réguas”, avalia o prefeito Jorge Donati.
Ocorre que o músico apresentou-se na 27ª Festa da Minha Deusa – tradicional evento do município que teve a edição de 2015 realizada entre os dias 30 de outubro e 1º de Novembro, sob a organização da Associação Comunitária Esportiva da Cobraice e com o apoio da Prefeitura – e por entraves administrativos, ainda não recebeu o pagamento por aquela apresentação.
Claudinho Nascimento, músico conhecido como Claudinho dos Teclados, apresentou-se em vários eventos promovidos pelo município desde o início da gestão do prefeito Jorge Donati, em 2009. O cachê que inicialmente era no valor de R$ 300 saltou para o valor líquido de R$ 1000 e sempre foi pago no prazo legal, respeitando-se os trâmites comuns a qualquer órgão público.
Os pagamentos relativos à 27ª Festa da Minha Deusa, contudo, passam por uma tramitação excepcional, uma vez que os valores destinados à remuneração dos artistas que se apresentaram no evento foram empenhados quando já não havia dotação disponível no Exercício Financeiro de 2015, devido às sucessivas mudanças na definição da data da festa pelos seus organizadores. Por ocasião do referido empenho, a Câmara de Vereadores apreciava minuciosamente o pedido de Suplementação Orçamentária encaminhado pelo Poder Executivo, tendo em vista a cobertura dos compromissos financeiros já firmados ou planejados pela Administração.
“Conceição da Barra, desde 2009, tem firmado a sua posição de município que se esmera em liquidar os pagamentos, acordos e empréstimos dentro dos prazos estipulados”, lembra o prefeito. “Temos tanto rigor no cumprimento dessa meta que somos o único município capixaba que quitou todos os seus precatórios e, já em 24 de dezembro de 2015, registramos o pagamento integral de salários, 13º e bônus dos profissionais do magistério, além de fornecedores e prestadores de serviços que tinham seus processos em tramitação normal na Prefeitura”, completa.
CONTRATAÇÕES SEGUEM PREÇOS DE MERCADO
“Com relação ao comentário de uma vereadora de oposição, na mesma publicação no perfil de Claudinho Nascimento, sobre a eventual contratação da Banda Chapahalls pelo valor de R$ 30 mil, cabe ressaltar que a Prefeitura de Conceição da Barra contratou os músicos seguindo os preços de mercado, conforme editais de contratação de municípios como São Mateus, Linhares, São Gabriel da Palha, Sooretama e Itaguaçu”, salienta o prefeito.
Assim, sem questionamento do valor de mercado e sim em respeito à capacidade financeira do município, chegou-se a um acordo em que a contratação manteria o alinhamento aos valores pagos por outros centros em que a Banda Chapahalls se apresentou e o município teria duas outras apresentações gratuitas complementares, sendo que uma delas já foi realizada no Réveillon.
“Dessa forma, aproveitando o palco de promoção que os eventos de Conceição da Barra possibilita, o valor efetivo contratado pelo município não foi de R$ 30 mil, mas sim de R$ 10 mil por apresentação da Banda Chapahalls”, reitera o prefeito.
Quanto ao estardalhaço provocado pelo músico Claudinho dos Teclados, será que um cachê de R$ 1000, que o município pagará após sanadas as tramitações que o processo de pagamento requer, justifica a tentativa de sujar a imagem da Prefeitura? Será que a postura de confiabilidade e adimplência do município, responsavelmente adotada ao longo desses sete anos, seria comprometida por um valor tão irrisório? Ou será este mais um indício de que a politicagem está voltando a fazer parte do cotidiano barrense?